8 de fevereiro de 2010

Por acaso

Desobstrução no Algar do Acaso, Serra d'Aire, 6 e 7 de Fevereiro.

A entrada do Algar do Acaso está a 486m de altitude.
A área envolvente foi informalmente apelidada de 'serra das bombas' por haver, à volta e até dentro de algumas cavidades, restos de engenhos explosivos antigos já detonados ou inutilizados. Nesta zona existem inúmeras cavidades, algumas delas já conhecidas — como o Algar da Chuva, por exemplo.


a preparação

boys band: DJ Chouriço e MC Tomate


A gruta visível consistia num poço de entrada com cerca de 6m que acabava numa sala com uns 10m x 5m. Muitas formações, alguma água. Numa das paredes, uma janela…
Após várias incursões das nossas equipas para abrir uma passagem muito estreita com claríssimo potencial de continuação, tornou-se necessário investir definitivamente no local.
A logística era, naturalmente, um pouco mais pesada…
Um dos problemas do trabalho prendia-se com o acesso à entrada, entre vegetação relativamente densa e lapiás escorregadios. Com recurso a uma padiola improvisada, facilmente ultrapassámos essa questão - graças à insistência do Zé Chouriço :-)


a tremenda luta entre Zé Catana e um perigosíssimo pau…


Problemas técnicos custaram-nos uma manhã de trabalho! Depois de bastante insistência e várias teorias, ligou-se para 'os mecânicos', que prontamente acorreram ao local para nos ajudar… sim, foram ter connosco, por entre montes e vales, ao meio da serra, para resolver o problema.


os muita malucos

José entre as flores…

a angústia

os mecânicos chamados de urgência para a reparação

os muita maus

a entrada do algar do Acaso


A desobstrução continuou pela tarde fora e também na manhã seguinte.
Alargou-se a passagem para nos permitir trabalhar melhor no ponto onde havia a continuação visível e com uma ligeira corrente de ar. Depois de umas horas de trabalho árduo, o André entrou na sala nova.
Entrámos todos. A sala é a continuação da diaclase, numa curva de 90º — tem mais uns 8m de comprimento e acaba.
No início do meandro descoberto, há uma pequena vertical com uns 6m de altura forrada a dente de cão que, apesar de algumas teorias lançadas,  não parece possível de explorar.

Seguimos imediatamente para o Algar da Chuva, 40m mais acima.

3 comentários:

  1. hehehe grutal, com um Zé Chouriço estão condenados aos sucesso heheheh

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  2. Verdade :-)
    Mas ter uma equipa de mecânicos a acorrer ao local de trabalho, no meio da serra, para ver o gerador, é completamente insólito…

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  3. Como se diz em linguagem cavernosa "tiveram um ganda chouriço!"
    Um abraço e continuem com os trabalhos de busca da Atlântida perdida...
    PRobalo

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